Sim, com certeza! Todos os alunos com quem compartilho minhas aulas trabalham em empresas multinacionais e estão em contato permanente com pessoas de outros países. O componente cultural está sempre presente nas minhas aulas de espanhol. Vou contar uma anedota: uma aluna do Brasil, em uma de suas primeiras aulas, comentou que não entendia por que seu chefe, da Argentina, organizava as reuniões durante o horário do almoço. Imediatamente, perguntei a que horas seu chefe agendava as reuniões. A resposta foi clara: “Entre 12 h e 13 h.” Você sabia que na Argentina, geralmente, o almoço é a partir das 13 h? Ninguém almoça, salvo exceções, antes desse horário, enquanto no Brasil o almoço é por volta das 12 h. Então, o chefe não era desrespeitoso; o que acontecia era uma diferença cultural desconhecida por ambos. Não só nossa língua é diferente, como também nossas costumes. As aulas de idiomas são muito mais do que lições de gramática; elas nos permitem eliminar barreiras de todos os tipos para alcançar uma comunicação eficaz. As organizações que trabalham em ambientes multiculturais devem se esforçar para integrar suas equipes. Definir uma estratégia corporativa de idiomas, adaptada à realidade de cada organização, é crucial para essa integração, para promover a mobilidade bem-sucedida das pessoas, evitar fracassos e garantir uma comunicação eficaz. As aulas de idiomas devem ser uma ferramenta que fomente a sensibilidade intercultural e garanta uma comunicação interna eficaz nas organizações multiculturais.
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